HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA

Hiperplasia Prostática Benigna

Hiperplasia Prostática Benigna

 

A próstata é uma das glândulas acessórias do sistema reprodutor masculino. Localizada logo abaixo da bexiga, recebe o fluxo de urina e do sêmen em seu interior. Após os 40 anos, este órgão pode sofrer um processo chamado de hiperplasia prostática benigna (HPB). Como o próprio nome diz, a HPB é uma alteração não-cancerosa, que se caracteriza por um aumento do número de células (hiperplasia) e consequente elevação do tamanho da próstata.
A HPB tem uma prevalência ascendente com a idade: 20% entre os 40 e 50 anos, e até 90% em homens acima de 80 anos. Contudo, somente uma parcela desses pacientes terão sintomas decorrentes do HPB. Os mais comuns são: jato urinário fraco, esforço para esvaziar a bexiga, acordar várias vezes à noite para ir ao banheiro, sensação urgente para urinar, entre outros.
O tratamento atual da HPB sintomática é feito corriqueiramente com drogas, ficando a cirurgia reservada para alguns poucos casos. Existem basicamente duas classes de medicamentos:
– Bloqueadores alfa-adrenérgicos: agem nos receptores musculares da próstata e colo da bexiga, relaxando essas células e facilitando a passagem da urina. São altamente eficazes e promovem melhoria dos sintomas em até 75% dos casos;
– Inibidores da 5-alfa redutase: impedem a conversão da testosterona em um composto que age na próstata, reduzindo o seu tamanho. São mais usados em próstatas muito aumentadas e demoram vários meses para fazer efeito. Com a evolução dos bloqueadores alfa, essas drogas são pouco utilizadas atualmente.
Os efeitos colaterais mais vistos com essas medicações incluem vertigem, tontura, episódios de hipotensão, ejaculação retrógrada (o esperma é eliminado para dentro da bexiga ao invés de pela uretra) e diminuição do desejo sexual.
Esses efeitos são pouco frequentes, sendo reversíveis com a suspensão da droga. A impotência sexual é um efeito adverso bastante incomum desses agentes. É importante lembrar que na faixa etária em que essas medicações são mais usadas (60 a 80 anos) a impotência sexual tem uma incidência considerável, e pode não ter relação com as substâncias em questão