CISTITE

cistite

CISTITE

A cistite é a infecção da bexiga, na maioria das vezes causada por bactérias. É uma das infecções mais freqüentes no mundo, e um dos principais motivos de consultas em pronto-socorros. Considerada uma infecção do trato urinário (ITU) baixo, é de fácil tratamento e normalmente não deixa seqüelas.
Esta patologia é muito mais freqüente em mulheres do que em homens, principalmente mulheres adultas com atividade sexual (entre os 20 e 50 anos). Isto se deve a diferenças anatômicas da região urogenital, explicadas a seguir.
As principais bactérias causadoras da cistite são as enterobactérias, principalmente a Eschericia coli. Estas bactérias fazem parte da flora do intestino grosso, e normalmente colonizam a região perianal. Devido à proximidade do ânus com a vagina na mulher, estas bactérias podem também colonizar a vulva. A partir daí, devido a alguns fatores predisponentes, as enterobactérias migram para a uretra (“canal da urina”) e atingem a bexiga, causando a infecção.
A uretra feminina é bem mais curta do que a masculina, com cerca de 3 a 4cm de extensão, facilitando bastante a migração destas bactérias para a bexiga. No homem, além do maior comprimento da uretra dificultar a chegada das bactérias na bexiga, também existe a bolsa escrotal, que funciona como uma “barreira” evitando que as bactérias da região do ânus atinjam a uretra.
Devido a estes fatores, é provável que toda mulher tenha pelo menos um episódio de cistite durante a vida, e também não é incomum apresentar recorrências a cada 6 ou 12 meses.
Para tentar evitar ou diminuir os quadros de cistite, algumas medidas podem ser tomadas: urinar após relações sexuais, tratar a obstipação intestinal, evitar uso de roupas íntimas muito apertadas, não segurar a bexiga cheia por muito tempo, e tratar as infecções vaginais.
O diagnóstico da cistite é simples, feito com exame de urina e história clínica. O tratamento com antibióticos é eficaz e geralmente cura a infecção em 3 dias. Apesar disto, alguns casos podem evoluir para infecção renal (pielonefrite), com febre e piora do estado geral, necessitando internação e antibióticos endovenosos.
Ao surgirem os sintomas, o ideal é que a paciente procure atendimento médico imediato ao invés de se tratar com chás ou medicamentos “prescritos” pelo balconista da farmácia, a fim de evitar complicações.