EJACULAÇÃO PRECOCE

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EJACULAÇÃO PRECOCE

A ejaculação precoce (EP) é uma das queixas mais comuns dos homens ou de casais com disfunção sexual. Similarmente à impotência sexual, a EP tem um impacto significativo na vida sexual do paciente e de sua parceira. Pode afetar homens de qualquer faixa etária, fazendo desta patologia uma das mais frequentes disfunções sexuais.
Apesar da sua prevalência, não existe consenso quanto à definição de EP. Alguns autores sugerem que a EP existe quando o homem chega à ejaculação antes de 1 minuto após a penetração vaginal, enquanto outros não estipulam limite de tempo, definindo o diagnóstico quando a ejaculação ocorre muito cedo para haver satisfação da parceira. A Associação Americana de Urologia define EP como ”ejaculação que ocorre mais cedo do que o desejado, antes ou logo após a penetração, causando insatisfação para um ou ambos os parceiros” (American Urologic Associaton, consensus panel, 2004).
Também a causa não foi definida com precisão. Alguns trabalhos atribuíram a EP a neuroses, enquanto muitos autores relacionam os sintomas como consequência da ansiedade de performance: a expectativa muito grande previamente à relação sexual, associada ao estresse e ansiedade durante o coito, culminam na EP.
Pesquisadores demostraram que pacientes com EP têm um limiar excitatório no pênis menor que a população em geral, ou seja, atingem a ejaculação com menor estímulo tátil. Apesar da etiologia incerta, a EP foi dividida em dois tipos: primária, quando existe desde o início da vida sexual, ou secundária, quando aparece tardiamente.
O tratamento da EP é feito de várias formas, visto que esta doença não tem uma causa única. A psicoterapia de apoio, feita em conjunto com o urologista e o psicólogo, vai tentar sanar dúvidas e preocupações dos parceiros, a fim de que não haja a ”ansiedade de performance” ou estresse excessivo. A terapia sexual, por meio de exercícios específicos, ajuda o homem a ter mais controle de sua ejaculação, e até retardá-la para o momento certo.
Atualmente, a terapêutica da EP inclui também o uso de drogas. A maioria dos regimes incluem algum tipo de antidepressivo, como clomipramina, sertralina e fluoxetina. Esses medicamentos agem no sistema nervoso central, retardando o reflexo da ejaculação, e apresentam um bom resultado, em grande parte dos casos.