CÂNCER DE TESTÍCULO

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CÂNCER DE TESTÍCULO

 

O câncer de testículo (CaT) é uma doença rara, porém é o tipo de neoplasia maligna mais prevalente nos homens entre 20 a 35 anos. Pode ser encontrado também em bebês, crianças e idosos. Entre brancos, a chance de desenvolver a doença durante a vida é de 0,2%.
Durante o crescimento do feto os testículos são formados dentro da cavidade abdominal, e gradativamente vão “descendo” até ocupar seus lugares na bolsa escrotal. Quando isso não acontece, o testículo fica “parado” no meio deste caminho – condição chamada de criptorquidia. Esta patologia constitui uma dos poucos fatores predisponentes ao câncer de testículo. O homem que teve ou tem criptorquidia apresenta uma chance 10 vezes maior de desenvolver CaT (mesmo que o problema já tenha sido corrigido), se comparado à população sem esta anomalia. Do mesmo modo, o paciente com diagnóstico de CaT está mais propenso a desenvolver a mesma doença no outro testículo.
A maioria dos tumores é descoberta por acaso, quando o paciente ou sua parceira constatam um nódulo indolor ao palpar os testículos. Em cerca de 10% dos casos, o sintoma inicial já se dá por metástases – quando o tumor inicial se espalha pelo corpo. Uma pequena parcela dos pacientes vai apresentar dor testicular como primeiro sintoma.
O ultrassom da bolsa escrotal ajuda a diferenciar nódulos testiculares de outras patologias benignas, como cistos. Porém, o diagnóstico definitivo só será feito com a cirurgia. Não se indica rotineiramente biópsia do testículo. Quando o nódulo apresenta características claras do CaT, o médico está autorizado a realizar a orquiectomia – remoção cirúrgica do testículo.
Após o exame do tecido testicular pelo patologista, confirma-se o diagnóstico e o tipo de tumor (existem cânceres de diferentes tipos celulares). A partir desta classificação, programa-se o tratamento complementar: radioterapia, quimioterapia, cirurgia para remoção de gânglios abdominais, ou apenas acompanhamento. Mesmo nos casos metástaticos, consegue-se uma boa taxa de cura com o tratamento combinado.
Como em todo câncer, o diagnóstico precoce é essencial. Por isso preconiza-se que os homens, assim como as mulheres fazem com os seios, examinem periodicamente seus testículos. Em se achando qualquer anormalidade, deve-se procurar o especialista para o correto diagnóstico.