INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Incontinência urinária

 

Embora pouco conhecida, a incontinência urinária (IU) é um distúrbio bastante presente, tanto no sexo masculino quanto no feminino. A IU pode ser definida como qualquer perda involuntária de urina, e sua prevalência pode chegar a 53% nas mulheres e 24% nos homens, dependendo da população estudada.
Causada por uma gama variada de patologias, a IU é um problema incômodo em qualquer faixa etária, tanto pelos custos diretos (medicamentos, fraldas) quanto pela restrição da vida social. De incidência muito maior em mulheres acima dos 40 anos, às vezes é encarada como ”parte do processo de envelhecimento”, o que desmotiva os pacientes a procurar tratamento.
A IU se dá, basicamente, por dois mecanismos distintos: contrações involuntárias da bexiga e falha no mecanismo esfincteriano da uretra. O esfíncter uretral é o responsável pela continência, ou seja, por impedir a saída de urina da bexiga até a hora da micção.
Nas mulheres, a etiologia mais presente é a IU aos esforços, causada principalmente pelo parto vaginal sem assistência médica. Isso causa uma frouxidão da musculatura da pelve (a popular ”bexiga caída”) e, em alguns casos, perda urinária pelo mau funcionamento dos mecanismos de continência da uretra. Esses casos são tratados essencialmente por cirurgia. Na presença também de contrações involuntárias da bexiga, drogas específicas podem ser usadas.
No homem, a IU é menos comum, sendo mais vista em idosos, pelas contrações involuntárias da bexiga. A falha do esfíncter uretral é bem menos prevalente nos homens em comparação às mulheres, e aparece principalmentea após alguns tipos de cirurgia prostática.
Não existe relação direta entra a função miccional e a função sexual no homem ou na mulher, embora os dois sistemas (reprodutor e urinário) sejam anatomicamente bastante próximos. Mas podemos imaginar o impacto que a IU causará na vida íntima de um casal. Uma mulher incontinente pode apresentar perda urinária durante a relação sexual, ou mesmo vontade de urinar durante o coito. No caso do homem, se ele tiver contrações da bexiga durante o ato sexual, pode perder urina, e pelo embaraço do momento, perder também a ereção.
Por isso, nada mais importante que reconhecer o problema, tanto sexual como urinário. A partir daí procure seu urologista e discuta com ele suas dúvidas e sintomas, para que juntos possam chegar ao melhor tratamento.