PSA

PSA

 

O PSA, abreviação em inglês para Prostatic Specific Antigen (antígeno prostático específico), é uma glicoproteína produzida na próstata e excretada no líquido seminal. Sua função é liquefazer o sêmen e permitir uma maior mobilidade dos espermatozóides. Pequenas quantidades desta proteína são encontradas no sangue, e sua concentração pode ser dosada através de métodos específicos, o que todos conhecem como “exame do PSA”.

 

Aprovado para uso clínico em 1994, o PSA já foi objeto de inúmeros estudos mundialmente, sendo ainda hoje um dos assuntos mais debatidos dentro da urologia Por ser uma substância produzida quase que exclusivamente na próstata, sua dosagem é largamente utilizada no diagnóstico, estadiamento e acompanhamento do câncer de próstata.

 

Recomenda-se que todo homem inicie os exames preventivos para câncer de próstata a partir dos 45 anos; para os negros e/ou homens com antecedentes deste câncer na família, as consultas devem começar aos 40 anos. Fazem parte desta avaliação, obrigatoriamente, a dosagem de PSA e o exame de toque retal (TR).

 

O TR é feito pelo médico introduzindo-se o dedo pelo orifício anal, o que permite palpar a próstata pela parede do reto (porção terminal do intestino grosso). Através deste exame podemos descobrir nódulos ou anormalidades na superfície prostática, que podem denunciar a presença do câncer – o que acontece em 50% dos pacientes com alterações no TR.

 

A dosagem do PSA e o TR devem ser sempre realizados em conjunto. Realizando somente o TR, deixaríamos de diagnosticar cerca de 45% dos tumores, enquanto o PSA sozinho vai deixar passar 18% dos tumores  (estima-se que 25% dos homens com câncer de próstata terão valores de PSA normais para sua idade).  Quando encontradas alterações em qualquer um destes exames, é indicada a biópsia da próstata, a fim de confirmar ou descartar o câncer de próstata.

 

É importante lembrar que o PSA sofre influência de vários fatores, como idade, raça, uso de medicações, entre outros. Também outras doenças, como a hiperplasia prostática benigna e infecções urinárias, podem causar alterações do PSA. Portanto, nem sempre uma dosagem alta do PSA é certeza do diagnóstico de câncer.